quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sinto o meu corpo a emergir na água, deixando apenas a cabeça de fora. A sua temperatura é agradável. Ao longe consigo ouvir uma melodia nostálgica. Deixando me levar.
Fecho os olhos. Deixo a minha mente divagar. Dou por mim a relembrar todos os momentos e felicidade que passei contigo. Pergunto, e sobre o que terá mudado porque terá mudado. Reconheço os meus defeitos que se elevam às qualidades, mas será isso razão suficiente para me senti assim? A medida que os pensamentos fluem novas perguntas formam-se.
A saudade decide apoderar-se de mim, sinto uma lágrima a formar-se, traça uma rota pela minha face lentamente e sem interrupções. Ate que se solta da minha pele, cai perdendo-se no meio das milhares de pequenas gotas presentes á minha volta. Por fim, sinto o meu corpo tomado pela calma proveniente daquele local, ceder ao cansaço, embalada pela musica adormeço, esquecendo todas as conclusões que tinha chegado.
Existem coisas que sabemos, não porque nos disseram, não porque vi mos, ouvimos ou lemos. Mas apenas porque sabemos porque senti-mos! E eu sinto, sinto que sou importante para ti, que gostas de mim, sinto que sou especial até que realmente te marquei, mas as vezes, as vezes sinto que o nosso mundo não é como o pinto, sinto que a nossa amizade já não é como era que a estamos a matar, e as promessas? E as coisas que me prometes-te? Apagas-te!? Como quem clica no "Delete" no teclado do computador!? E o nosso passado já te é indiferente?
Não entendes que tenho medo de te perder? Não vês o quando és importante? Não vês que esta amizade é importante para mim? Por ti dou tudo, por ti pela nossa amizade não duvides.
Existem certezas que surgem do ar mas são tão reais como se as tivéssemos visto, lido ou ouvido.
E eu sei, simplesmente sei, que te adoro, sim simplesmente sei, que te quero para sempre, melhor amigo. E venha quem viver e aconteça o que acontecer, eu sei, simplesmente, sei que isso nunca ira mudar, pelo menos do meu ponto de vista.
Eu quero tudo, quero o sonho, quero a história, quero o meu melhor amigo de volta, quero uma sempre, não quero um momento breve.
E ao mesmo tempo só faço por caria e firo-te e acabo também por me ferira também.
Hoje percebi que ferir a parte física do meu ser pode anestesiar a dor da parte espiritual. Congelar-me na chuva gelada que caiu esta noite e acalmou um pouco a minha dor interior.
Será que o frio o congelou um pouco também? Mas o frio que se entranhou até aos nossos ossos passa e a dor fica.
Chorar a chuva é bom, porque se chorar á chuva ninguém vê a dor interior que se manifesta no exterior.
Choro, Choro porque hoje errei, choro porque te desiludi, mais uma vez, choro porque te magoei, mas também choro porque sinto a tua falta, sinto falta daqueles momentos da nossa verdadeira amizade, lembras-te deles?
Existem momentos da nossa vida em que olhamos para trás e não nos orgulhamos de quem somos, do que fizemos, das escolhas que tomamos, mas não é assim quando me refiro a ti, porque não me arrependo de nada, não mudava nem uma vírgula na nossa história! Porque é que estamos a fazer isto? Porque é que estamos a escrever um "fim" na nossa história? Sim, isso é o que estamos a fazer, estamos a matar a nossa amizade e é isso que tu queres? Eu não quero isso para mim, eu não quero que a nossa história tenha um "fim".
Existem momentos em que me acho um mostro, como hoje por exemplo, pelo que fiz, ou se calhar não, se calhar erro como todo o ser humano o erra e não sou aquele mostro que eu pinto, simplesmente errei. O que eu menos quero é magoar-te, ferir-te.
Desculpa se não sou perfeita! Desculpa se não sou a amiga com que sonhas-te! Desculpa se não sou o que esperas-te de mim. Desculpa por ser quem sou!
Eu sou uma rapariga como todas as outras, com o meu feitio as minhas qualidades, a minha maneira de ser, sou igual a muito outras. Mas tu, tu és um rapaz especial com as tuas qualidades e os teus defeitos que não consigo encontrar, és perfeito e ao contrario de mim que sou igual a muito outras raparigas, tu não és diferente te todos os outros rapazes, e eu devia dar valor a isso e não te ter tratado como hoje tratei.

E isto tudo por causa de um sentimento tão estúpido como o ciúme, e sabes amor, eu hoje precisava mais do que nunca de ti do teu apoio, não por causa dos problemas do costume, hoje precisava de um carinho de uma força. E eu, eu disse-te que estava bem para não te chatear com os meus problemas, para aproveitar o tempo que posso falar contigo que agora é tão pouco, queria aproveita-lo bem, mas acabei por estragar tudo.
A minha avo morreu. :(